terça-feira, 5 de maio de 2009

MODERNIDADE EXCESSIVA OU SIMPLESMENTE PÓS-MODERNIDADE?

Ora, estava lendo um site de notícias e me deparei com a seguinte nota: Um casal de SP estava tentando registrar um casal de gêmeos com duas mães. Inicialmente, fiquei um pouco desnorteado, mas acabei indo ler toda a notícia pela curiosidade que me é inerente. Fiquei mais perplexo ainda quando terminei de ler todo o relato, quando foi exposto que duas mulheres querem registrar os filhos de ambas (pois é, vou explicar como) em nome das mesmas.

Bem, como aconteceu isso? Tecnicamente, simples. Uma delas tinha os óvulos, e acabaram fazendo de modo legal a inseminação artificial na outra, e aí, esta teve o casal de gêmeos...e achando, tudo simples, elas agora querem que os filhos sejam reconhecidos como tendo as duas mães, sendo discriminar qual realmente é a mãe.

Para algumas pessoas, isso soa como algum comum. Ora, para a minha pessoa, vejo isto como algo absurdo, tanto no ponto de vista religioso, como jurista, e ainda utilizando o senso comum. Pessoal, sei que posso parecer preconceituoso (realmente, a definição é essa mesmo), mas não consigo conceber esta idéia de forma clara e concreta nos dias atuais. Motivos? Vamos lá para eles...

Primeiro, sobre o ponto de vista religioso, vem a questão da minha fé. Sou Católico Apostólico Romano praticante, aceito completamente as outras religiões (claro, desde que respeitem a minha), e, diante de crer no cristianismo, tenho a convicção de que, se Deus quisesse, teríamos sim condições de duas pessoas do mesmo sexo conseguirem conceber de modo comum (sexuado). Contudo, não é isto que acontece nos dias atuais, tanto que elas se utilizaram de espermatozóides doados para conseguir esta concepção. Então, ao meu ponto de vista religioso, isso é só mais um modernismo que tenta vingar nos nossos dias já tão conturbados.

Seguindo o ponto de vista jurídico, não vejo qualquer necessidade de se alterar as nossas regras atuais para um caso específico. Se nós observarmos as nossas Carteiras de Identidade, temos lá como filiação as denominações pai e mãe, e não genitores. Ora, sendo assim, não há que se colocar mãe e mãe, o que geraria um absurdo jurídico...em verdade, um aborto jurídico, a ponto de termos um precedente totalmente irresponsável para gerações futuras, pois, se uma mãe tem óvulos e não engravidar, e uma outra mãe tem barriga de aluguel, as duas poderiam registrar-se como mães. Realmente, como jurista, não consigo ter essa concepção...

E ainda, seguindo o ponto de vista o senso comum. Note-se que, tendo essas duas noções primeiras, observamos que ter um pai e uma mãe são a normalidade em termos de família, em especial, quando somos crianças e entramos na vida escolar. Sabemos que crianças que normalmente não tem um pai ou uma mãe, são discriminadas sem qualquer pena, já que nada mais verdadeiro do que uma afirmativa de um infante. Imagine-se então, quando se perguntar quem é o nome da mãe de uma dessas crianças, e ela falar: - “Eu tenho duas mães. Qual delas você quer saber o nome?”. Imaginem a confusão que isso vai gerar nas outras crianças, ou ainda, na própria, visto que ninguém, inicialmente, vai conseguir compreender e aceitar isto, pois foge totalmente a normalidade.

Deste modo, posso somente dizer, ao meu simples ponto de vista, que isto é somente mais um exemplo da modernidade excessiva que nos tentam impor nos dias atuais. Nada contra um casal homossexual, mas, fazer com que os filhos tenham uma noção de que ter mães e pais é uma coisa normal, pra mim, beira totalmente o absurdo, gerando um desconforto social, bem como jurídico, já que, mais um processo (já expus, ao meu ponto de vista) inútil acumulando o Poder Judiciário, não tendo qualquer valia para a nossa tão simples vida.

Um comentário:

  1. Entendo o ponto de vista jurídico. Mas não teria nada contra. O Cara lá em cima nos deu livre-arbítrio! Eu também poderia utilizar de contra-argumento para o comentário, "teríamos sim condições de duas pessoas do mesmo sexo conseguirem conceber de modo comum (sexuado)", o fato de que se ele não quisesse o homem não teria conseguido realizar esse feito.

    Acredito que as pessoas podem ser felizes do jeito delas, desde que não as prejudique e nem prejudiquem ninguém. Não vejo como duas mães prejudicaram a criança.

    Enfim, cada um com sua opinião! E respeito e entendo o seu ponto de vista. Abração irmão!

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